Povoamento - Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Bahia
Nas circunstâncias
da posse das terras do Brasil pelos europeus – no convívio do trabalho de
produção da grande lavoura da cana-de-açúcar, do algodão, do fumo, nos currais
de gado e nas minas de ouro e diamantes - muitas foram às situações que
possibilitaram acasalamentos. Deles surgiram os tipos mestiços de índios com
portugueses e africanos que estão na variedade colorida do povo baiano, homens
e mulheres que realizaram o espalhado povoamento das várias regiões do
território da Bahia.
O índio quase foi
destruído fisicamente nas guerras que os europeus lhes fizeram e por causa das
doenças que lhes transmitiram. Permaneceu, porém, em diversos aspectos da
cultura baiana, nas tribos que sobreviveram ao massacre dos seus antepassados e
nos descendentes que tiveram com os portugueses e africanos. (TAVARES, 1998,
p.16).
O índio do litoral
baiano recebeu o europeu sem hostilidade. Até o ajudou, indicando-lhe fontes de
água potável, raízes e frutas comestíveis. Colaborou na construção de tapumes
de barro e casas de taipa da primitiva cidade de Salvador. Foi o grande
canoeiro e remeiro para todos os engenhos do recôncavo. Era capaz de remar do
Iguape ao porto da cidade de Salvador transportando caixas de açúcar, esforço
físico que levou milhares deles à morte. Pode-se acrescentar que diversos fundadores
das famílias do recôncavo tiveram mulheres índias e descendentes mestiços. Com
o passar dos tempos, e na medida dos conflitos e guerra contra os índios, à
parceria inicial foi substituída pela hostilidade do europeu contra o índio e
do índio contra o europeu. (TAVARES, 1998, p.25).
REFERÊNCIA:
TAVARES, Luís
Henrique Dias. História da Bahia.
São Paulo. Editora: UNESP, Salvador/BA: EDUFBA, 2001.
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