quinta-feira, 21 de maio de 2015

RUA DA MANGUEIRA


Fonte: http://mundo.guru/arvore-brasileria-a-mangueira/mangueira/
“Uma mangueira solidária Um mangue refúgio Uma rua em formação Um bairro em construção Mangueira, hoje”.

Neste verso está um pouco da história do bairro Mangueira. [...] A Mangueira solidária era a árvore encravada próxima à maré, na Península de Itapagipe, em uma área já aterrada, na qual se juntavam pescadores, mulheres e crianças para comemorar, no início da década de 1960, a vitória alcançada por cada pescaria. Segundo Aluisio Simão Pereira, “ali tudo se conversava, coisas da terra e coisas do mar, eram grandes histórias, aventuras e piadas, gozando com os que foram e com os que ficaram...”

No manguezal espalhado perto da maré, habitat natural de caranguejo e outros crustáceos, refugiaram-se aqueles que sem ter aonde viver construíram sob palafitas suas novas moradias. Na década seguinte, o mangue-refúgio foi aterrado e em cima dele ergueu-se uma MANGUEIRA rua: a Rua da Mangueira, hoje, Rua Rafael Uchôa. Juntaram-se a ela a Rua Vicêncio Constantino Figueiredo (Rua Nova da Mangueira), a Travessa Rubem Amorim, entre tantas outras que surgiram. A Rua da Mangueira tornou-se o marco zero do bairro em construção que, como todos os outros da região, foi fruto de ocupações espontâneas, convergindo para o mar, com ruas estreitas e com sé- rios problemas de infraestrutura urbana. 
“Mangueira, hoje, já não é mais como antigamente. O seu povo não para de construir, de melhorar, devagar e permanentemente, a sua moradia – que fica cada vez mais diferente”, Neste bairro encontram-se atualmente a Associação Livre de Moradores da Mangueira e a Escola Comunitária Educar para Libertar. A árvore que inspirou o nome do bairro já não existe mais, porém, a mangueira continua sendo o símbolo do bairro.
O bairro da Mangueira possui uma população de 9.986 habitantes, o que corresponde a 0,41% da população de Salvador, concentra 0,40% dos domicílios da cidade, estando 26,76% dos chefes de família situados na faixa de renda mensal de 0,5 a 1 salário mínimo. No que se refere à escolaridade, constata-se que 36,49 % dos chefes de família têm de 4 a 7 anos de estudos.

REFERÊNCIA:

http://www.gestaosocial.org.br/publicacoes/LIVRO%20CAMINHO%20DAS%20AGUAS_.pdf. acesso em: 27/04/15.

BAIRRO DE MASSARANDUBA (SALVADOR)

Fonte: http://www.culturatododia.salvador.ba.gov.br/vivendo-polo.php?cod_area=3&cod_polo=69


Tendo o seu nome retirado das árvores que cresciam entre o massapé, cujos frutos eram disputados pelas crianças, o bairro da Massaranduba está localizado na Peníssula Itapagipana entre os bairros da Ribeira, Bonfim, Jardim Cruzeiro e o mar da Baía de Todos os Santos. Suas primeiras habitações foram erguidas sobre o mangue e se constituíam de palafitas. No século XX, por volta da década de 40, o bairro foi aterrado com entulhos trazidos da praia da Ribeira, tendo a sua urbanização iniciada na década seguinte. Suas ruas planas, como todas as outras da peníssula, respiram ares de cidade interiorana. As praças da Redenção e Massaranduba e a igrejinha de São Jorge são pontos de lazer  devoção para os seus moradores.

Em 1949, foi ano de duas festividades marcantes: o Quarto Centenário de Fundação da Cidade e o Primeiro de Nascimento do Jurisconsulto Ruy Barbosa. Neste tempo, os contrastes da cidade ficavam cada vez mais aparentes e eram traduzidos nas diferentes formas e locais de moradia. Situado às margens do Caminho de Areia, local conhecido como Jardim Cruzeiro, às moradias começavam a avançar mar à dentro. Os invasores: para se protegerem das constantes ações de despejo, deram ao local o nome de Villa Ruy Barbosa. A estratégia deu resultado e constrangeu as ações do poder público contra uma Villa que levava o nome do Jurisconsulto, no ano do seu centenário. Começava, assim, a formação dos Alagados.

Alagados traz em si a poética triste da pobreza de Salvador. Viver na maré, construir o lar em cima das águas, em cima da lama, apresenta, não só os contrastes da cidade, mas, principalmente, a criatividade e o desespero de ter o sonho da própria casa.


REFERÊNCIA:

http://www.culturatododia.salvador.ba.gov.br/vivendo-polo.php?cod_area=3&cod_polo=69.acesso em 25/04/15.



PENÍNSULA ITAPAGIPANA

Fonte: http://ufbapeninsulaitapagipana.blogspot.com.br/ 

A península – que, no passado, serviu-se à defesa militar da cidade – também se divide entre “ricos” e pobres: o lado norte, mais empobrecido, abrange bairros populares e populosos como Roma, Uruguai, bairro Machado, parte da Ribeira, Massaranduba, Jardim Cruzeiro e Vila Rui Barbosa, além de ser uma das portas de entrada das quase extintas palafitas dos Alagados (que, de tão famosas, viraram mote de hit dos Paralamas do Sucesso), enquanto a “zona sul”, mais valorizada, engloba Boa Viagem, Monte Serrat, Bonfim e parte da Ribeira. É ao sul, aliás, que estão instalados equipamentos turísticos importantes e bastante visitados, como as igrejas do Bonfim – um dos mais emblemáticos cartões-postais de Salvador – e da Boa Viagem, a igreja e o forte de Monte Serrat, a Ponta de Humaitá (palco de um exuberante pôr-do-sol sobre o mar), a praia da Boa Viagem e a Avenida Beira-Mar (atualmente em estado de total abandono).

Escolas – como o estadual Colégio da Polícia Militar e o privado São José, dois dos melhores e mais tradicionais da capital baiana –, hospitais (a exemplo do Couto Maia, São Jorge, Santo Antônio, Agenor Paiva, da Polícia Militar e Sagrada Família), o Asilo Dom Pedro II, a Vila Militar, a tradicional Sorveteria da Ribeira e os restaurantes rústicos (destacando-se os da Pedra Furada, na Boa Viagem, do estaleiro do Bonfim e da Avenida Beira-Mar, na Ribeira) são apenas alguns dos equipamentos que notabilizam a área como uma das mais importantes na vida urbana de Salvador.

Do alto alto da Colina Sagrada, nos arredores da Igreja do Bonfim, dá pra se ter uma noção do enorme fosso social que separa os soteropolitanos ricos dos pobres: na linha do horizonte e a mais de 8 quilômetros de distância, uma pequena extensão composta por imponentes edifícios do Corredor da Vitória (cujo metro quadrado não fica por menos de 7 mil reais) logo é suplantada por uma monótona e extensa paisagem favelizada, ambas intercaladas por um pedaço do Centro Histórico de Salvador.

E foi justamente na península de Itapagipe, o adro sagrado da capital baiana, que se instalou um dos ícones da religiosidade e assistencialismo brasileiros: a freira Irmã Dulce, atualmente em vias da beatificação. Foi ali, no Largo de Roma, aos pés da Colina Sagrada, que a religiosa soergueu o Hospital Santo Antônio, tradicionalmente voltado ao atendimento da população mais carente.

A velha Península Itapagipana é dotada de uma infra-estrutura contraditória: praças amplas (a exemplo dos Largos do Papagaio e da Madragoa, na Ribeira) e largas avenidas não impedem a carência de espaços de lazer e entretenimento na maior parte da região. O antigo Cine Roma, palco da cena do rock baiano e epicentro das apresentações de Raul Seixas e Jerry Adriani, já não funciona mais numa área que carece de espaços fechados para espetáculos.

A partir do tradicional Largo de Roma (onde estão situados os hospitais Santo Antônio e São Jorge) nascem as três artérias principais, que são capilarizadas por inúmeras ruas, vielas e becos: as Avenidas Caminho de Areia ou Tiradentes (que vai até a Ribeira), Dendezeiros (que segue até o Bonfim) e Luiz Tarquínio (que ruma em direção à Boa Viagem) são de fundamental importância ao trânsito local. Ao longo da Avenida Caminho de Areia – a principal artéria comercial e de serviços –, restaurantes, farmácias e postos de gasolina dividem espaço com uma gama de estabelecimentos comerciais e muitas (mas muitas mesmo) sinaleiras que tentam organizar cruzamentos extremamente perigosos. O trânsito, quase sempre caótico, é apimentado pela imprudência de transeuntes e buracos na pista.

Os bairros da Ribeira, Calçada (mais especificamente, a praia do Cantagalo) e Boa Viagem são osplaygrounds da Cidade Baixa nos finais de semana. Clubes popularescos, como o Itapagipe e o Bogary, agregam-se a atrativos como praias - quase todas poluídas -, farofas com frango assado, sol escaldante e preços relativamente acessíveis (em comparação à orla atlântica da capital). Some-se tudo isso e o resultado será inevitável: praias, botecos e restaurantes lotados, muita sujeira pós-farra e insatisfação dos moradores.

A praia da Ribeira, em praticamente toda a extensão da Avenida Beira-Mar, transforma-se em palco de grandes sensações nos finais de semana e feriados: o Subúrbio Ferroviário e bairros circunvizinhos (como Liberdade, São Caetano, Fazenda Grande e Largo do Tanque) “descem em peso” em busca de lazer, num verdadeiro movimento migratório. É só andar um pouco pela localidade para se perceber o inchaço sazonal, que é complementado até por moradores de bairros distantes.

Desde o final da Avenida Porto dos Mastros até as imediações do terminal de ônibus da Ribeira, a poluída enseada dos Tainheiros abre visão à paisagem do outro lado terrestre, que contrasta as habitações irregulares do bairro do Lobato com fragmentos de um formoso visual do bairro de Plataforma (ambos no subúrbio ferroviário). Ribeira e Plataforma, inclusive, são interligados por um sistema municipal de embarcações que faz, em 5 minutos, uma travessia que, de carro, dura mais de 20.

Mas a Ribeira é muito mais do que praia e gastronomia. É também história e música. A musicalidade, traço marcante da Bahia, encontra por ali um fértil terreno, seja através das festas de “partido alto”, seja nos ensaios e shows de pagode baiano. Locais como a marina da Penha, fim de linha e Avenida Beira-Mar transformam-se no palco da “quebrança”.

REFERÊNCIA:

http://deniseqf.blogspot.com.br/2013/07/itapagipe-peninsula-da-peninsula.html

HISTÓRIA DA BAHIA

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=0OFzyFnHPPI


Para compreender melhor sobre a História da Bahia, acesse o livro de Alfredo Matta, disponível em: http://www.matta.pro.br/editora_virtual/Hist%C3%B3ria%20da%20Bahia_%20final_%2018_06_13.pdf