sexta-feira, 15 de maio de 2015

O POVOAMENTO DO TERRITÓRIO BAIANO

Povoamento - Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Bahia

Ao longo destes últimos quinhentos anos, o território hoje do estado da Bahia foi lentamente povoado pela contribuição de três grandes grupos étnicos: o índio, o africano e o europeu, sendo o índio o mais antigo, pois se encontrava no território baiano desde tempos ainda não definidos, mas estimados em nada menos de quinze a vinte e cinco mil anos. Os africanos e os europeus foram trazidos ou vieram a partir do século XVI (1501-1600).

Nas circunstâncias da posse das terras do Brasil pelos europeus – no convívio do trabalho de produção da grande lavoura da cana-de-açúcar, do algodão, do fumo, nos currais de gado e nas minas de ouro e diamantes - muitas foram às situações que possibilitaram acasalamentos. Deles surgiram os tipos mestiços de índios com portugueses e africanos que estão na variedade colorida do povo baiano, homens e mulheres que realizaram o espalhado povoamento das várias regiões do território da Bahia.

O índio quase foi destruído fisicamente nas guerras que os europeus lhes fizeram e por causa das doenças que lhes transmitiram. Permaneceu, porém, em diversos aspectos da cultura baiana, nas tribos que sobreviveram ao massacre dos seus antepassados e nos descendentes que tiveram com os portugueses e africanos. (TAVARES, 1998, p.16).

O índio do litoral baiano recebeu o europeu sem hostilidade. Até o ajudou, indicando-lhe fontes de água potável, raízes e frutas comestíveis. Colaborou na construção de tapumes de barro e casas de taipa da primitiva cidade de Salvador. Foi o grande canoeiro e remeiro para todos os engenhos do recôncavo. Era capaz de remar do Iguape ao porto da cidade de Salvador transportando caixas de açúcar, esforço físico que levou milhares deles à morte. Pode-se acrescentar que diversos fundadores das famílias do recôncavo tiveram mulheres índias e descendentes mestiços. Com o passar dos tempos, e na medida dos conflitos e guerra contra os índios, à parceria inicial foi substituída pela hostilidade do europeu contra o índio e do índio contra o europeu. (TAVARES, 1998, p.25).


REFERÊNCIA:


TAVARES, Luís Henrique Dias. História da Bahia. São Paulo. Editora: UNESP, Salvador/BA: EDUFBA, 2001.